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Rede de proteção à criança e adolescente debate formas de combate ao abuso e exploração sexual


Em 18 de maio de 1973, a menina Araceli, de apenas 8 anos, foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe média alta de Vitória, no Espírito Santo. Em alusão a esse crime bárbaro, desde o ano 2000, 18 de maio tornou-se Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes e a campanha ganhou o nome “Faça Bonito”.

Com o objetivo de conscientizar, aprender os canais corretos de denúncia e entender que ninguém faz bonito sozinho, as secretarias de educação, saúde e desenvolvimento social se uniram ao Ministério Público para debaterem, mensalmente, questão relacionadas à proteção da infância e juventude.

Nesta quarta-feira, 17, a rede se reuniu para realizar um debate sobre casos práticos de violência à criança. Divididas em grupos, as pessoas puderam deliberar o que deveria ser feito em situações de abusos e exploração sexual hipoteticamente ocorridas.

“A grande importância de reunir a rede é fortalecer esse vínculo, fortalecer o trabalho, capacitar essa rede para que quando casos de violação de direitos vierem a acontecer, a rede esteja preparada para atuar e garantir os direitos das nossas crianças e adolescentes”, afirmou Patrícia Nascimento, coordenadora do CREAS.

De acordo com o Promotor de Justiça, Millen Castro, é importante que a sociedade inteira entre nessa campanha. “Não adianta a gente trabalhar essa questão somente dentro do poder público porque ele está para identificar as situações e solucionar os casos que já aconteceram. É muito importante que os pais ou quaisquer outros responsáveis pelas crianças estejam trabalhando a questão da prevenção”, explicou o promotor.


Prevenção ao abuso e exploração
Além do trabalho de atendimento que é realizado pela rede de proteção às vítimas de violência sexual é preciso que a população esteja atenta às crianças, orientando sobre a temática para que a criança entenda quem é o abusador e como fugir dele.
Sempre que a criança muda de comportamento subitamente, quando ela rejeita a presença de um adulto ou começa a demonstrar sinais de automutilação, não dorme bem ou começa a apresentar um comportamento depressivo, os pais devem ficar atentos porque podem ser sinais de que a criança está passando por uma situação e violência sexual.
Para esses casos, existe o Conselho Tutelar, principal porta de entrada para denúncias de casos de violação de direitos, as delegacias de polícia, o Ministério Público e o Disk 100, uma forma de denúncia que pode ser completamente anônima.

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